Estudantes brasileiros criam robô garçom para trabalhar em bares e restaurantes
Alunos do curso de Engenharia de Controle e Automação do Instituto Mauá de Tecnologia (IMT), em São Caetano do Sul, desenvolveram um robô garçom autônomo que pode ser usado para auxiliar trabalhadores de carne e osso em bares, restaurantes e lanchonetes.
Segundo os estudantes, o protótipo apresentado ao público geral durante a realização da 29.ª edição da Eureka — evento destinado à exposição dos trabalhos de conclusão de curso dos alunos do Instituto Mauá — é ideal para ajudar nos horários de pico ou em ações de marketing do estabelecimento.
“O mundo viu um aumento significativo de robôs autônomos guiados durante a pandemia, especialmente para mitigar a propagação da doença. Por isso, esses bots tornaram-se uma solução eficiente para apoiar funcionários de diversos setores, até mesmo para automatizar uma atividade manual e repetitiva”, explica o estudante Leonardo Moraes Ayres da Silva, coautor do projeto.
Aprendiz de garçom
A ideia do robô garçom autônomo é que ele possa oferecer um suporte eficiente, seguro e rápido para o transporte de alimentos dentro de estabelecimentos comerciais, sem prejudicar o andamento do serviço ou atrapalhar clientes e funcionários de verdade.
No sistema de autonomia criado pelos estudantes, o robô garçom segue uma linha pintada no chão, utilizando sensores de refletância para guiá-lo da cozinha até o salão do restaurante. Com um design inspirado em prateleira empilhadas, o bot consegue levar até quatro pratos de comida simultaneamente.
“Ao retirar o alimento, o cliente aciona um comando no próprio robô, para que ele volte à cozinha. Sensores ultrassônicos também foram implementados para evitar a colisão com os clientes que possam atravessar o caminho do robô durante o transporte, ajudando a evitar qualquer acidente e garantir a segurança”, explica Moraes Ayres.
Colega de trabalho
Além de fortalecer a automação de tarefas repetitivas realizadas por funcionários de verdade, o robô garçom também pode participar de algumas atividades para otimizar o fluxo de trabalho em bares e restaurantes. Segundo seus inventores, o objetivo não é substituir a mão de obra humana, mas sim apoiar a dinâmica do estabelecimento.
Enquanto o robô está cumprindo seu papel, indo da cozinha até o salão do restaurante para servir as mesas, por exemplo, alguns funcionários humanos poderiam ser remanejados para realizar outras tarefas mais complexas, como recebimento dos pedidos, pagamentos e limpeza.